A Zona de Conforto
© 2006 Paul Lemberg



Eu tenho um amigo chamado Gene, um empreendedor serial que atualmente dirige uma empresa de software. Como muitas outras pessoas, o ano passado foi duro para a sua companhia. Eles sobreviveram em grande parte fornecendo serviços adicionais para os atuais clientes - uma resposta decente para circunstâncias difíceis. Eles até mesmo aumentaram um pouco seus rendimentos.

Mas nesse ponto outra coisa aconteceu: Eles se sentiram confortáveis. Decidiram que poderiam prosseguir contando com sua base de clientes. Então eles "perceberam" que não haveria nenhum novo cliente.

Isso é ruim? Não é aceitar a realidade como ela é?

Poderia não ser ruim, se o pessoal de Gene não se acostumasse a pensar em "NENHUM CLIENTE NOVO", e aderisse a ela. Eles continuaram a obter faturamento a partir dessa base satisfeita, mas a geração de novos contatos e prospects permaneceu quase nula. Agora eles estão olhando para um canal vazio e, a menos que as coisas mudem rápido, a previsão é de um futuro não muito radiante.

Há um estado da mente, com o qual eu gostaria que você se familiarizasse, conhecido como a zona de conforto. Talvez você já tenha conhecimento dessa insidiosa disposição. Eu disse insidiosa? Como o conforto pode ser insidioso, traiçoeiro?

Você sabe, não é?.

Você é seduzido pelas circunstâncias. Você pensa que as coisas estão boas do jeito que estão. Mostram-se satisfatórias e você realmente não quer que nada mude. Quando eu era um novato da General Eletric, nós chamavávamos este estado de ser "gordo, bobo e feliz". Depois de algum tempo, seu progresso corrói até um final infeliz.

O conforto está definido como uma condição ou sensação de aprazível facilidade.

(N.T.: de acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa: CONFORTO = experiência agradável; sensação de prazer, de plenitude, de bem-estar espiritual
).

Você pode ficar confortável com todos os tipos de coisas - boas e ruins. Pode ficar confortável com seu atual status da sua empresa - mesmo que não tenha atingido totalmente o nível de negócios esperado. Você sabe como controlá-la, pode manter seu quadro de pessoal e sabe quanto de lucro vai obter.

Você pode ficar confortável com seus negócios até mesmo quando seu nicho está encolhendo. Afinal de contas, você entende bem estes tipos de clientes. Conhece suas personalidades e sabe como estas pessoas reagirão a suas idéias. "Isto não é ótimo?" - pensa.

Você pode ficar confortável em relação aos seus concorrentes - até mesmo se eles são maiores ou mais ágeis ou se fazem planos melhores que sua empresa. Ao menos você sabe onde pisa, certo? E à medida que você pensa que os seus movimentos são previsíveis, você sente mais segurança.

E claro que - como você pode ver facilmente - cada uma destas situações estão carregadas de perigo. Se não imediatos, a médio ou longo prazo.

O que há de tão confortável a respeito da zona de conforto?

Vamos voltar à pre-história. Os seres humanos gostam de regularidade e previsibilidade. A mudança é encarada como ruim. Pense na existência de um caçador nas selvas primitivas, as mudanças no clima... as mudanças no ambiente... os novos sons à noite... as novas pessoas que descobria... os novos animais. Tudo representava uma ameaça mortal.

Como pessoas modernas, civilizadas, nós ainda preferimos que as coisas permaneçam constantes e estáveis. Nós aprendemos as respostas certas; assim nós nos sentimos adequados aos desafios. Nós sabemos medir nossos esforços; assim nós não temos que trabalhar muito duro para chegar a resultados aceitáveis. E nós podemos fazer predições sobre o futuro; assim, geralmente nos sentimos seguros.

E isso faz tão bem.

A parte estranha é que nós podemos até mesmo nos sentir confortáveis quando nós não deveríamos.

Olhe para a empresa de Gene. Estas pessoas acostumaram-se tanto a ouvirem os outros dizendo NÃO, que deixaram de buscar novos negócios. Pelo menos isto foi algo que eles compreenderam, certo?

Errado!

Se você, leitor, permanecer na zona de conforto vai aniquilar o seu negócio; da mesma maneira que Gene matará o dele.

Por que? "Minha companhia não está como essa. Nosso negócio está rentável", você pode dizer. O que há de errado com estar confortável, contanto que seja um tipo 'bom' de conforto?

Nas atuais condiçoes, nada.

A não ser que haja mudanças.

Quando você está na zona de conforto - aquele lugar de aprazível tranquilidade - isto significa que aceitou as condições atuais. Você gosta e espera que coisas vão permaneçam do modo em que estão. Você não está mudando com as mudanças. Você não está progredindo. Provavelmente, você perdeu a perpectiva da sua visão e está fazendo coisas do jeito que sempre fez...

Você ficou gordo, bobo e feliz.

E o precipício para o qual você está se encaminhando está fora da sua vista, do outro lado da curva.
O que fazer sobre este agradável-sentimento, mas de medonhas circunstâncias?
Há 5 passos para serem seguidos que conduzem para fora da zona de conforto.

UM: Reconheça que você está na zona de conforto.

Você se acostumou às coisas do modo como são? Você parou de empurrar seu negócio para frente? Você deixou de procurar novas oportunidades? Desistiu de procurar novas áreas? Tirou os olhos da bola em jogo? Começou a deixar deslizarem certas que costumavam ser importantes? Ficou confortável com suas atuais circunstâncias?

Se nas respostas tem mais que um SIM - ou até mesmo um - você provavelmente entrou na zona de conforto.

DOIS: Volte de malas e cuia para a sua visão.

Você tem uma visão? Você está apaixonado por ela? Quando foi a última vez que pensou sobre ela? Em relação ao seu futuro este é o lugar em que você realmente quer levar sua vida?

Se você não pensa que tem uma visão, ou já não se sente forte em relaçao a ela, então está na hora de trabalhar um pouco sobre o tema. (Visite www.lemberg.com/articles.html e leia artigos - em inglês - do autor).

TRÊS: Estabeleça metas e objetivos novos .

Para onde o conduz sua visão recentemente ressuscitada? Que metas você quer alcançar pelo caminho a fim de atingi-la? Seja claro. Seja concreto. (Você não tem que desenvolver aqui um plano estratégico completo - só bote o motor para funcionar novamente.)

QUATRO: Examine as conseqüências

Se você permanece na zona de conforto, o que poderá acontecer em breve? Quais são as consequências de se manter as atuais condições - pessoais ou corporativas -enquanto o mundo ao redor muda? Seja profundamente honesto(a). Se coisas parecem estar verdadeiramente em tons pastéis, maravilhoso. Bom para você. Mas se elas não estão...

CINCO: Tempo de entrar em ação

As coisas que costumam funcionar bem, não estão funcionando agora*

No final, a única coisa que realmente faz diferença é a AÇÃO. Talvez você precise de uma mudança no que faz ou em quem você é; de qualquer modo você precisa entrar em ação para algo acontecer. E você pode não estar acostumado à ação - você pode ter perdido o hábito.

Esta é a breve solução para conduzir para fora da zona de conforto:
adote as cinco novas ações que farão as coisas avançarem.

Escolha uma e ponha em funcionamento imediatamente. Comece hoje. O melhor momento é assim que você terminar esta leitura. Depois escolha outra e ... ação!. E assim por diante.

Parece simples - e é! A parte difícil é desgrudar-se dessa confortável cadeira e começar a agir.

As coisas parecem tão bem do modo que elas são, não é?

Não é?

* Minhas desculpas para Warren Zevon.
 

Paul Lemberg
é o presidente de Quantum Growth Coaching, o programa de coaching empresarial totalmente informatizado e com garantia de ajudar rapidamente para os empresários a gerar Mais Lucros e Mais Vida (More Profits and More Life™)
Visite seu website em www.fastergrowthnow.com

© 2007 Adolfo Breder
([email protected]) da versão do texto original em inglês:
"The Comfort Zone"

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