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CIDADANIA E TALENTO
Coluna Especial dedicada à Escola de Talentos de Telemarketing

A Diferença dos Semelhantes
© 2007 Sônia Suisso Mansur



A Organização das Nações Unidas em 09 de dezembro de 1975 proclamou a declaração dos Direitos das Pessoas Deficientes que diz em seu artigo 3: "As pessoas deficientes têm o direito inerente de respeito por sua dignidade humana. Qualquer que seja a origem, natureza e gravidade de suas deficiências, eles têm os mesmos direitos fundamentais que seus concidadãos da mesma idade, o que implica, antes de tudo, o direito de desfrutar uma vida decente, tão normal e plena quanto possível..."


Ainda a ONU, em 03 de dezembro de 1982 elaborou o Programa de Ação Mundial para as Pessoas com Deficiência que diz em seu parágrafo 12: "A igualdade de oportunidades é o processo mediante o qual o sistema geral da sociedade - o meio físico e cultural, a habitação, o transporte, os serviços sociais e de saúde, as oportunidades de educação e de trabalho, a vida cultural e social, inclusive as instalações esportivas e de lazer - torna-se acessível a todos".

E ainda possuímos a nossa Constituição da República Federativa do Brasil de 05 de outubro de 1988 que diz em seu artigo III – “a dignidade da pessoa humana". E seu artigo 3º "Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".

Acreditem, todos estes belíssimos e bem intencionados documentos foram assinados pelos dirigentes do nosso país. Entretanto o que presenciamos ainda hoje é a demonstração da nossa vida social, que, não obstante, é humilhante e segregadora com os possuidores de um corpo e/ou mente deficientes, pois mesmo sendo visível a sua “necessidade especial” o portador precisa encaixá-la em um código internacionalmente conhecido: CID -10.

É, parece que ainda não sabemos lidar adequadamente com o diferente!

Hoje as empresas têm cotas de vagas sobre o total de funcionários, mas como obrigar aos funcionários “normais” a não lançarem um olhar piedoso ao seu colega de trabalho “diferente”? Como fazer isso se aprendemos desde sempre que o ideal quando não sabemos lidar é separar?
Óbvio que é trabalhoso trabalhar com o deficiente é trabalhoso entender a deficiência do outro, é trabalhoso refletir sobre as barreiras – físicas e emocionais- que foram levantadas ao longo de muitas décadas.

Outro aspecto que me chama bastante atenção quando entramos em contato com qualquer portador de deficiência são as emoções que afloram, saltando aos olhos, até do próprio portador. Esses sentimentos podem ser de: pena, compaixão, ou medo, repulsa entre outros, Normalmente geram duas posições que podem ser de aproximação ou afastamento.

Observamos que a prevalência é do emocional. Entretanto, apesar das nossas atitudes serem banhadas por emoções todos os documentos oriundos da ONU, Constituição brasileira etc. só perpassam pelo nosso racional, inclusive as campanhas sociais que recolhem ajuda financeira.
Esse quadro é pintado assim desde o início dos tempos. A segregação, o afastamento da sociedade os diferentes. “Conforme as estatísticas o ato de segregar se mantém, até os dias atuais, segundo um tripé:” preconceito, estereótipos e estigma com a seguinte dinâmica: um preconceito gera um estereótipo, que cristaliza o preconceito, que fortalece o estereótipo, e atualiza o preconceito “... e o estigma que é a marca, o sinal, ajuda na manutenção do processo de segregação.

“É mais fácil ser uma pessoa com qualquer deficiência do que ser visto como uma pessoa deficiente” Marco Antônio de Queiroz – deficiente visual
Penso que a mudança de visão e principalmente de atitude frente ao “diferente” é urgente. Convido o leitor a imaginar que estamos conseguindo conviver com a dessemelhança, que não cobramos de ninguém a adequação a uma situação pré-existente, que não reduzimos um potencial ao simples estado de “normalidade”. Quantos sofrimentos, aflições, dissabores e muitas frustrações estaremos poupando, ou ao menos minimizando, às pessoas que convivem conosco ou que somente passem por nossa vida.

Vale lembrar a não existência de uma pedagogia e nem uma psicologia do “deficiente”, pois apesar das diferenças em diversas áreas, esses nossos semelhantes possuem a característica que todos os seres humanos compartilham que é exatamente a desigualdade entre si, é a singularidade que todos nós possuímos.

Para finalizar este artigo citarei um trecho mencionado por Moreno para se referir a uma das práticas mais eficazes para garantir o sucesso nas relações interpessoais: Empatia.

“ Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiverdes perto, arrancarte-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos.
E tu ver-me-ás com os meus.”


Jacob Levy Moreno


Sônia Suisso Mansur ([email protected]) é Psicóloga e compõe a equipe técnica da Escola de Talentos de Telemarketing, um projeto social da Academia da Cidadania e do Talento em parceria com a Callmunity, patrocinado pela PETROBRAS.
É a responsável pela implantação do RH Inclusivo.

 
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