São três os tipos de consumidores detectados no estudo: o consumista, o planejador e o retraído.
Os dois primeiros não abrem mão das compras e representam a grande maioria da classe C no Brasil. Somam 23,1 milhões de pessoas e representam 76% dos consumidores, homens e mulheres, de 18 a 64 anos, dessa classe, cuja renda média familiar varia de R$1.000,00 a R$ 2.500,00.
Já os retraídos são uma parcela bem menor, 24%.
Ousadia, vaidade e ambição são algumas das características do consumista, que costuma gastar por impulso e para quem o ato de comprar é uma constante fonte de prazer.
O planejador, por sua vez, não é facilmente influenciável, além de mais discreto e cauteloso. A relação custo-benefício está presente nas escolhas que faz.
O retraído não está nem aí para símbolos de status e moda. Só pensa em preço. Seus hábitos de consumo são considerados conservadores.
PERFIS DE CONSUMIDORES
O Planejador – 36% da classe C
Homens – 40 % - 4,4 milhões
Mulheres – 60 % - 6,6 milhões
Casados ou vivem juntos – 55%
Solteiros – 26%
Faixa etária – 67% com idade de 35 anos ou superior
Perfil de consumo – Prioriza a relação custo-benefício, compra criteriosa e gasta de forma moderada.
Perfil de Atitude – Busca pela boa aparência, vaidade sem excessos, solidário, preocupação sócio-ambiental, autoconfiança, não é facilmente influenciável, hábitos conservadores, perseverante, cético, discreto e cauteloso.
O Consumista - 40% da classe C
Homens – 38% - 4,6 milhões
Mulheres – 62% - 7,5 milhões
Casados ou vivem juntos – 52%
Solteiros – 29%
Faixa etária – 55% com idades entre 25 e 44 anos.
Perfil de consumo – Compra por prazer; foca beleza, moda e status; e gasta por impulso.
Perfil de Atitude – Vaidoso, individualista, impulsivo, influenciável, ambicioso, hedonista, imediatista, ousado, inovador, aberto à experimentações, volúvel, aventureiro, sonhador, extrovertido e exibicionista.
O Retraído – 24% da classe C
Homens – 34% - 2,5 milhões
Mulheres – 66% - 4,9 milhões
Casados ou vivem juntos – 52%
Solteiros – 22%
Faixa etária – 35% com idades entre 45 e 64 anos e 15% entre 18 e 24 anos
Perfil de consumo – Foco em preço e compra por necessidade.
Perfil de atitude – Hábitos conservadores, sossegado, indeciso, indiferente e apático.
O preço ainda é um fator importante para vender produtos para a classe C, porém esse consumidor quer itens com características antes reservadas para camadas mais ricas.
A maioria dos pesquisados (72%) ainda não alterou o seu padrão de consumo por causa da crise financeira. Talvez porque em nenhum dos domicílios pesquisados tenha sido encontrado um desempregado.
Os computadores e telefones celulares de última geração, passando pelos tênis de marca, pelas roupas, os eletrodomésticos e até cosméticos saíram do campo das aspirações e passaram a caber no orçamento dessas famílias.
E são estas conquistas, revela a pesquisa, que a nova classe média não quer abrir mão, ainda que o estudo tenha sido feita num momento específico dos impactos da crise mundial no país.
Todos os dados acima são oportunidades para nós que vendemos produtos (insumos de produção) para a indústria cosmética.
Essa indústria não para de crescer. Podemos citar alguns exemplos:
- As consolidadas no mercado – AVON, NATURA, O BOTICÁRIO...
- As que atingem crescimentos anuais acima de 30% / 40% ao ano. – JEQUITI, PERFAM, PH6 COSMÉTICOS – RACCO...
- As que virão para o Brasil com pesados investimentos – AMWAY, FULLER COSMETICS (leia-se Tupperware)...
E outras de pequeno porte que dariam para encher uma página inteira.
O desemprego gerou uma classe de trabalhadores antes inexistentes, que hoje atingem mais de dois milhões de pessoas, são as (os) consultoras(es) ou representantes de venda porta-a-porta.
Desse contingente quase 1,2 milhões trabalham para AVON e quase todas trabalham para mais de uma empresa (até mesmo concorrentes entre si).
O mercado está se aquecendo e temos que estar preparados, não só na linha de frente como também, estruturalmente, nas fábricas. No nosso caso já começamos a fazer.
Com a crise tivemos oportunidade de olhar mais detalhadamente o mercado para resgatar experiências anteriores, descobrir novos caminhos e fortalecer relacionamentos com os parceiros.
Este é um momento de ação conjunta de todos nas empresas em busca de recuperar os meses perdidos com a apreensão e faturamento baixo, para esquecê-los de uma vez por todas.
A velocidade da produção estará intimamente ligada ao desempenho da equipe de vendas:
- “NADA ACONTECE ANTES DE UMA VENDA SER FECHADA“.
Fonte: Jornal O Globo
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